O centro das atenções
Já contei para vocês que moro em Foz do Iguaçu e que, por causa disso, convivo com a cultura árabe. A sua gastronomia aqui ganha esplendor e qualidade, por haver tantas pessoas que sabem preparar essas delícias corretamente. Nada de imitações abrasileiradas!
Além de poder degustar os pratos em restaurantes e outros locais de venda, a gente tem acesso facilitado aos ingredientes.
Para quem curte a cozinha, o melhor é aprender a fazer com as próprias mãos, usando receitas confiáveis.
Entre tantos pratos típicos, o quibe cru se destaca como o principal, o que não pode faltar. Mas também é um dos mais polêmicos, por conta do aspecto sanitário. Vamos ver, então, essa questão dos riscos?
Segurança acima de tudo
Não pretendo fomentar a neurose que tomou conta do País durante a divulgação da Operação Carne Fraca, nada disso. Mas, em se tratando de uma receita com carne crua, é preciso saber a procedência da mesma. E, de preferência, também poder confiar nas condições de sua manipulação. Isto é, devemos fazer tudo para tentar ter o máximo de segurança possível.
Quando planejar fazer quibe cru escolha um açougue com padrão de higiene satisfatório e reconhecido, licença sanitária e boas referências.
O ideal é que a carne seja cortada, moída e processada na sua frente para que você a sirva para sua família sem tanta preocupação, certo? Quanto mais fresca, melhor.
O problema é que muitos aspectos no processamento da carne bovina fogem à nossa possibilidade de observação, a menos que você mesmo seja um fiscal sanitário, claro.
Carnes com o selo do serviço de inspeção, de preferência federal (SIF) atestam que há controle dos processos e exigir isso é um bom começo.
Consumo consciente
De todos os modos, sempre haverá um risco ao consumir quibe cru, devido às condições dos manipuladores, do tempo de armazenamento, do transporte, etc.
Como a maioria das bactérias presentes na carne, que normalmente seriam eliminadas no processo de cocção, irão bonitonas e saltitantes para sua boca, talvez seja melhor que idosos, crianças e pessoas com a imunidade baixa evitem esse consumo.
Os demais, desde que você tome os cuidados já citados para que a carga de bactérias não seja grande, podem saborear esta delícia à vontade. Eu e minha família comemos quibe há milhares de anos e nunca passamos mal.
Quibe com cara de quibe
Para deixar seu prato com mais “cara” do quibe tradicional, procure que sua carne seja, não apenas moída, mas sim processada. Ela vai parecer uma pasta.
Claro que há quem prefira usá-la com os pedacinhos, meio granulada, mas não é como a comunidade árabe o prepara. Eu penso que é válido se esforçar em chegar o mais próximo possível do sabor e aparência corretos, concorda?
Quibe assado
Ah! Eu sempre separo um pouquinho do quibe cru para assar. Em uma travessinha refratária untada com azeite, ponho umas 4 ou 5 colheres (sopa) de massa, a aliso, rego com azeite e levo ao forno por uns 20 minutos. É que parte da minha turma não morre de amores por comer a vaquinha crua… hahahhaha.
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